A Diocese de Tete, particularmente os católicos da Angónia e Tsangano, celebraram, como é habitual nesta ocasião, mais um aniversário do martírio dos Padres João de Deus Kamtedza e Sílvio Alves Moreira, Missionários Jesuítas, assassinados em Chapotera, Missão de Lifidzi, no dia 30 de Outubro de 1985.
Centenas de fiéis de diferentes paróquias da região começaram a chegar no sábado, dia 29 de Outubro, para passar a noite em vigília de oração e fazer memória da vida, obra, morte e fama de martírio dos também chamados Mártires de Chapotera. A pé, de biciclecta, de mota, de carro ou de camião foram muitos os peregrinos que rumaram até à aldeia de Chapotera. Uma tradição que se vai consolidando com o tempo e que cresce agora que a Diocese de Tete iniciou o processo para a sua beatificação e canonização.
A Paróquia de Lifidzi e a sua equipa missionária trabalhou com afinco para tornar o lugar do martírio mais digno e acolhedor. Foram construídos dois altares junto das cruzes que assinalam o lugar onde o Padre João de Kamtedza e o Padre Silvio Moreira foram mortos e os seus corpos foram encontrados. Foi nesse lugar, que no Domingo, dia 30 de Outubro, o Bispo de Tete presidiu à Santa Missa, tendo concelebrado a quase totalidade dos sacerdotes das paróquias da Vigararia da Angónia. Estava presente o Padre Virgílio Costa, Vice.Superior dos Jesuítas da África Austral, o qual no final da Missa tomou a palavra para evidenciar o testemunho dos Mártires de Chapotera e agradecer a Diocese de Tete pela iniciativa de iniciar o processo de beatificação e canonização dos Servos de Deus.
Depois da Missa, decorreu pela manhã e pela tarde o festival dos coros das paróquias da vigararia cujo tema era a vida e martírio dos Mártires de Chapotera.
