Recentemente chegou a esperada notícia do certificado de validade jurídica do processo de canonização da Serva de Deus Luísa Mafo e Companheiros, Mártires de Guiúa, assassinados em Inhambane, em 22 de Março de 1992. Estes catequistas leigos e seus familiares foram mortos durante a guerra civíl que assolou Moçambique enquanto estavam em formação no Centro Catequético do Guiúa.
Desde o início do Processo, iniciado em 25 de Março de 2017, até o encerramento da fase Diocesana, no dia 23 de março de 2019, os trabalhos foram intensos. Foram recolhidas as provas documentais referentes à morte dos Servos de Deus e ouvidas dezenas de testemunhas questionadas sobre sua a vida, obra e martírio..
No dia encerramento do processo, as caixas contendo os documentos e testemunhos recolhidos pela comissão diocesana de inquérito, foram lacradas, e enviadas para Roma.
A documentação foi entregue à Congregação para as Causas dos Santos e deste modo teve início a segunda fase do processo de canonização, a fase Romana . Tendo recebido o processo, a Congregação para as Causas dos Santos fez, no dia 16 de Setembro de 2019, a abertura das caixas com os autos do inquérito diocesano sobre a vida e a fama de martírio dos Servos de Deus, e teve assim início o estudo da validade jurídica do processo. Foi verificado, através de uma análise minuciosa dos documentos, se durante toda a instrução do processo ouvindo testemunhas ou recebendo documentos foram observadas e atendidas pelo Tribunal todas as rubricas canónicas da Igreja.
Esta avaliação durou alguns meses. Foi constatado que tudo no processo foi feito de acordo com a legislação vigente para os processos de canonização. Deste modo a Congregação para as Causas dos Santos emitiu no passado dia 1 de Julho o “Decreto de Validade Jurídica” do processo.
A Igreja local de Moçambique, com grande alegria, recebeu o Decreto de Validade Jurídica do processo da Serva de Deus Luisa Mafo e Companheiros, Mártires, agradecendo a Deus por mais este passo dado no Processo.